sexta-feira, abril 08, 2011

Tragédia de Realengo ainda é um dos assuntos mais comentados no Twitter

Rio - Um dia após um rapaz entrar em uma escola em Realengo matando 12 crianças a tiros, expressões como "Realengo" e "tragédia no Rio" ainda estão entre os Trending Topics - lista de assuntos mais comentados no Twitter. Pela manhã, o nome do bairro da Zona Oeste onde aconteceu o ataque ainda aparecia nos Trending Topics mundiais. Na listagem que considera apenas as mensagens enviadas do Rio à rede, também apareciam expressões como "Hemorio" e "Disque Sangue", em uma campanha online de incentivo à doação de sangue para as vítimas do ataque.
 Nome do bairro permanecia na lista dos assuntos mais comentados no Twitter ao redor do mundo | Foto: Reprodução
Usuários aproveitaram o espaço para prestar solidariedade às vítimas e seus familiares. O tuiteiro Tiago Parcelli (@tiagoparcelli) comentou: "Me solidarizo 100% com as famílias das vítimas da tragédia do #Realengo no Rio de Janeiro. Hoje ao meio dia realizarei na minha casa uma corrente". Já Eu (@kleber_sampaio) lembrei a comoção que tomou conta de todo o país. "Um sentimento comum a todos os brasileiros sobre #realengo: Tristeza".


Cenas de horror em Realengo
Na manhã desta quinta-feira, um jovem de 24 anos entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste da cidade, dizendo ter sido convidado para dar uma palestra aos alunos. Ele subiu três andares do prédio e entrou numa sala onde 40 alunos da nona série assistiam a uma aula de Português, abrindo fogo contra os estudantes com idades entre 12 e 14 anos.

Testemunhas relatam um verdadeiro massacre. Wellington Menezes de Oliveira teria mirado contra a cabeça dos estudantes, com a clara intenção de matá-las. Quase trinta alunos foram baleados e mais de 10 morreram. Após o ataque, o assassino deixou uma carta de de teor fundamentalista no local. O texto continha frases desconexas e incompreensíveis, com menções ao Islamismo e até mesmo práticas terroristas. Em seguida, ele se matou dando um tiro na própria cabeça.
Alunos, professores e funcionários da escola acreditam que mais de cem disparos foram efetuados. Wellington, um ex-aluno do colégio, estava armado com dois revólveres e recarregou a arma durante a ação. O imenso barulho também assustou a vizinhança, que ainda ouviu os gritos de horror das crianças que, ensanguentadas, correram às ruas em busca de socorro.
Rapidamente uma multidão se formou em frente à escola. Em desespero, familiares e amigos tentavam ajudar as crianças e identificar as vítimas, ao mesmo tempo que tentavam entender os motivos do massacre.
O ministro da Educação, José Haddad, considerou este um dia de luto para a educação brasileira. Com a voz embargada, a presidente Dilma Roussef se disse chocada e consternada com o episódio e, com lágrimas nos olhos, pediu um minuto de silêncio pelos "brasileirinhos que foram retirados tão cedo de suas vidas e de seus futuros".

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